sexta-feira, 1 de janeiro de 2010

As Despesas das Festas

Mas não é mesmo muito importante ter amigos, vários deles, com os quais pode-se reunir com frequência, usufruindo os bons churrascos e aquelas cervejas geladas? Isso pode ser indispensável, mas para tanto precisa-se de um certo suporte de, digamos, caixa.
Ora, se você é daqueles que não ganhou na mega-sena da virada e não tem como prever o aporte de capital, como então amealhar a grana para as festinhas?
Se você tivesse um amigo rico tipo José Roberto Arruda ou Leonardo Prudente poderia lhes pedir algum emprestado. Com certeza não negariam. Ainda mais agora, nessa época de festas, férias e tempo de diversão.
Além de terem muito dinheiro, eles ainda possuem os cargos públicos que lhes rende os salários no final do mês. Então quem sabe, você que deseja pagar as contas que fez, ao adquirir os panetones, os pernis, as cerveja, e as outras iguarias, poderia se candidatar a provável beneficiário da bondade desse pessoal importante.
É claro que eles ainda não gastaram toda a bufunfa. Podem estar usando-a para fortalecer a permanência nos cargos, ameaçada pela divulgação, há muito tempo, das imagens deles, recebendo muita propina do senhor Durval Barbosa.
Além dos pacotes e mais pacotes de dinheiro vivo, que estão em seu poder, os tais homens públicos possuem, com certeza, um rol inumerável de propriedades tanto móveis quanto imóveis.
Ora, pra quem tem tanto, o que custaria atender às solicitações dessa gente que não tem como pagar as despesas das festas de Natal e fim de ano? Mesmo que as filas, que, por ventura, pudessem se formar diante das casas desses homens, a certeza de que poderiam atender a todos, os deixaria bem calmos e sob controle.
Eles poderiam fazer como faz o Papai Noel. Só que com alguma diferença: o Papai Noel visita, de casa em casa, as crianças que pedem presentes. Aqui, os carentes poderiam visitar o benfeitor, que lhes satisfaria parte das carências materiais.
Sugere-se que a formação das filas de espera, não ocorra durante o horário do expediente dos senhores políticos no palácio do governo e nem na câmara do distrito federal. Quem é que desejaria ver as personalidades tão indispensáveis, faltando do trabalho pra fazer caridade, não é mesmo?
Para minorar a imagem ruim que esses senhores conseguiram pra eles mesmos, os futuros recebedores de auxílio financeiro poderiam publicar, nos jornais de grande circulação de Brasília, São Paulo e Rio de Janeiro, que receberam presentes de José Roberto Arruda e Leonardo Prudente, que são pessoas boníssimas.
Mas, poderá perguntar meu querido e nobre leitor, quem poderia precisar de algum tostão concedido pelo governador do distrito federal e pelo presidente da assembléia legislativa distrital?
Podemos garantir que existem milhares de entidades filantrópicas com os cofres vazios, mas que nem por isso eximidas de prestar o socorro solidário. Afinal, pra quem recebeu tanto, sem quase trabalho nenhum, o que custaria repartir um pouco, não é verdade?

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