sexta-feira, 25 de fevereiro de 2011

Prefeitura pode ser responsabilizada pela morte de ambulante

A cantora Ivete Sangalo cancelou show em Piracicaba
A Prefeitura Municipal de Piracicaba deve ser responsabilizada pela morte do vendedor ambulante Nilson Fabiano Rodrigues, 32, morador de Limeira, ocorrida no dia 18/02, sexta-feira, nas dependências do Engenho Central, quando foi atingido por um eucalipto de 30 metros de altura.

Nilson e outras pessoas aguardavam o início do show da cantora Ivete Sangalo, que ocorreria às 20h, quando foram atingidos pela queda da árvore, derrubada por ventos fortes e a chuva.

A árvore, que também danificou dois automóveis, caiu sobre um telhado e a vítima ficou presa nos escombros. Além de Nilson outras duas pessoas sofreram ferimentos.

A cantora Ivete Sangalo cancelou o Show e aguarda os organizadores do evento marcarem nova data.

Depois desse lamentável incidente, que tirou a vida de um cidadão, a prefeitura municipal, através da Secretaria Municipal de Defesa do Meio Ambiente, (SEDEMA), determinou a vistoria das demais árvores existentes no local.

“Nenhuma das árvores que caíram na sexta-feira apresentava sinais de que estavam condenadas ou mesmo pensas, com a possibilidade clara de queda”, disse o funcionário da Sedema Carlos Cesar Ambrozano, o Téia. Ele informou que no sábado, 19, os trabalhos de mapeamento destas árvores exóticas foram iniciados, “assim que o Corpo de Bombeiros nos autorizou, já iniciamos este levantamento” disse ele.

Ambrozano ressaltou que a intenção da secretaria é cortar todas estas árvores exóticas, plantando outras 25 a cada uma que for derrubada até chegar a 750 novas, como forma de compensação ambiental.

Todas as providências não livrarão do luto os familiares e os dependentes da vítima.

quinta-feira, 24 de fevereiro de 2011

O Chapéu

Oscar Neyro aproveitando o momento em que não havia mais ninguém, além do proprietário, no bar do Bafão, naquela manhã de sábado, entrou detonando:

- Verme do inferno! Manda aquela pinga esperta e a cerveja mais bem gelada que você já viu.

Bafão que lavava alguns copos na pia, com a costa voltada para o balcão, virou-se sobre o ombro direito e olhando de baixo para cima, mirou a presença marcante do roliço Oscar Neyro, o mais novo morador da Vila Dependência.

Tirando do ombro esquerdo o guardanapo com o qual enxugou as mãos, o proprietário do boteco pôs sobre o balcão o copo específico de aguardente, enchendo-o com a tal filha-do-senhor-do-engenho.

No momento em que Oscar emborcava a caninha, Bafão servia-lhe a cerveja geladíssima. Foi nesse instante que adentrou ao recinto a mais bela e cobiçada morena de olhos verdes, das curvas perfeitas, e das coxas vistosíssimas do quarteirão. Era Aline, a solteira exuberante que inibia, de certa forma, a moçada do bairro, com aquele seu jeito extrovertido.

- Seu Bafão, eu quero um litro de leite, dois filões, e meio quilo de pó de café – disse a bela, com o dedo indicador da mão direita em riste, acima da cabeça. Ajeitando depois o short preto, semi-encoberto pela camiseta verde, e juntando os pezinhos, calçados com o legítimo All Star preto, ela esperou.

Oscar Neyro, boquiaberto, pousou seu olhar sobre a moça, mas antes que pudesse expressar qualquer juízo de valor foi interrompido pelo vozeirão do comerciante que passava, envoltos num saco plástico, sobre o tampo do balcão, os produtos pedidos pela consumidora.

- Marca isso tudo na minha conta. O senhor já sabe né? No fim do mês a gente acerta – concluiu a jovem saindo do boteco.

Ao voltar-se para a pia, onde continuaria lavando os copos, Bafão notou a entrada de outra moça também de short, chinelos, camiseta vermelha e preta sem mangas, e decote cavado.

- Meu Bafinho querido: embrulha um desodorante, um sabonete e aquela pasta dental esperta. Quero ainda dois filões e 160 gramas de mortadela. Faça-me esse favor, queridinho – pediu com gentileza a loura Débora, dona também dos mais vistosos olhos esverdeados da redondeza.

Oscar Neyro só olhava; ele mantinha o copo suspenso entre o tampo do balcão e os lábios.

Pedindo que Bafão anotasse a dívida num caderninho, a moça deixou o bar, balançando os quadris ostentosos.

Antes que Oscar dissesse qualquer palavra, fizesse algum comentário ou risse da situação, Bafão explanou:

- Nem pense bobagem. As duas são casadas. Você se lembra do Sylvester Stalonge? Pois é. Entrou numa fria lamentável. Engraçou-se com a mulher do Luis Hernandes e o casal teve de se separar. Do Luis você se lembra, não é? – indagou Bafão percebendo que Neyro já não prestava tanta atenção no assunto.

Diante da afirmativa do cliente, Bafão prosseguiu:

- O negro Luis Hernandes foi contratado pelo Sylvester Stalonge como desossador oficial do açougue que ele – o Stalonge – havia acabado de instalar. Depois de seis meses, mais ou menos, Hernandes começou a falhar no serviço. Vinha um dia, mas faltava outros três. Essa situação continuou até o momento em que Sylvester Stalonge, de surpresa, fez uma visita ao empregado. O dono do açougue foi recebido pela mulher do Hernandes, que informou estar o marido dominado pela bebida e sem condições de continuar no emprego. Bom, - pra encurtar a história -, papo vai, papo vem, o Stalonge “traçou” a mulher do Hernandes.

Ante a face de espanto demonstrada pelo já embriagado Oscar Neyro, Bafão prosseguiu:

- Olha, meu amigo, a confusão foi tanta, a quizumba tamanha que não principiaram uma revolta militar, um motim destruidor, ou terremoto, por pouco, muito pouco, pouco mesmo. Você não acredita, mas até há algum tempo, o Sylvester Stalonge sentia os efeitos da mancada que deu.

- Como assim? – inquiriu Oscar Neyro.

- Você sabe como é esse pessoal: eles misturam tudo. Confundindo Luis com luz, fizeram o pobre Stalonge ter problemas na Companhia Tupinambiquence de Força e Luz até o ano passado. O sujeito levou cada choque elétrico que deu medo. O fornecimento de energia das suas casas foi cortado várias vezes, durante anos seguidos. Seus aparelhos não duravam muito tempo; queimavam-se com facilidade. E olha que a “trairagem” aconteceu há mais de 30 anos.

- Impressionante – admirou-se Oscar.

- Você não acredita, mas fizeram circular um boato que os bisavôs do Sylvester, que imigraram da França em 1.870, não pagaram nem o “chapéu”, e que ele, o bisneto, deveria ser condenado por isso.

Bastante curioso, Oscar Neyro perguntou:

- Chapéu? Que história é essa?

- Você não sabe? Ora, “chapéu” era a gratificação que o armador, dono do navio, pagava ao capitão, quando este chegava a salvo no destino. O valor do prêmio era coletado entre os passageiros.

Enquanto Bafão voltava a lavar os copos e Neyro sorvia o último gole de cerveja, Debora entrou novamente no bar.

- Estou tão sozinha, neste sábado gostoso... Bafão, querido, meu xampu favorito você sabe qual é – lançou a moça revolvendo os cabelos que lhe encobriam a nuca.

Ao entregar a mercadoria para a freguesa, Bafão olhou para Oscar Neyro e murmurou:

- Vai nessa?



Texto revisado em 24/02/2011.

Atenção:

Qualquer semelhança de nomes, pessoas, ou situações terá sido mera coincidência.

terça-feira, 22 de fevereiro de 2011

O Balanço das Ondas

Esteve tudo muito bom, a alegria pairou no ar, o som romântico estava ótimo, mas durante a noite, quando imperava o silêncio e o vento trazia os odores do mar, eu senti que algo a mais poderia ser acrescentado.

Não me preocupei com o efeito da bebida, pois não havia ingerido tanto. Notei que os sapatos novos deram um aspecto bem diferente à silhueta dos pés e que agora, ali na cama, descalça, o conforto se impunha de forma completa.

O coração batia forte e ritmado. Não seriam algumas lembranças tristes que dominariam o restante da madrugada.

Notei que passou ao largo, e bem rápida, a frota das emoções negativas, que teimava com aqueles assédios maldosos e frustrados.

Voos livres rasantes de pessimismo, incompreensão e má vontade, foram percebidos a princípio, mas logo se diluíram sob o clarão do céu noturno.

Ao fundo, o ruído das máquinas impunha lampejos dos grandes bondes, que faziam trepidar o chão, no entorno dos trilhos, por onde passavam.

Faltou algo, não sei bem o que era. Talvez fossem melhores contatos, afagos, palavras simples de admiração, respeito ou louvação.

Ou seria o recrudescimento do atual, porém imperceptível balanço das ondas?

Vi a nau se aproximar de forma lenta, mas segura, do porto. O celular transmitia a certeza de que tudo estava bem, com o futuro que nos aguardava.

Foi ótimo o passeio. Gostei.

sexta-feira, 18 de fevereiro de 2011

Perdoando os Devedores

Construir castelos com dinheiro alheio não é aconselhável
Nunca antes na história deste blog percebeu-se tanto os desejos de verem-no deletado.

As pobres almas sofredoras, que assim se manifestam, sabem que existem no mundo bilhões e bilhões de blogs; entretanto, por evidenciarem o nosso, algumas culpas indisfarçáveis, preferem-no vê-lo desaparecido, como se isso, remisse também os muitos pecados cometidos.

Com a publicidade você proporciona ao mundo a sua versão da história, que muita vez, não é essa que pregam por aí, aos cochichos, às ocultas, na calada e nas trevas da noite.

O cinismo dos ímpios é tanto que chega a atribuir à vítima de uma apropriação indébita, o cometimento de crimes ou de ser ela portadora de afecções espirituais.

Esse defeito moral, produtor de comportamentos lesivos, pode ter sua origem na infância, quando ainda se definia os padrões da sexualidade.

Situações mal resolvidas, que geraram sentimentos e sensações sedimentadoras de opiniões equivocadas, conduziram sem dúvida, à formação de personalidade mórbida, doentia, capaz de danar com o patrimônio alheio.

Então, quando há, por exemplo, a prática de uma apropriação indébita, com a qual o réu objetiva pagar suas dívidas, ele certamente sabe que contrai outra maior ainda, e que a morte do espoliado, não o livrará das consequências funestas.

Uma atitude bem correta que se espera de quem ficou com o que não era seu é a de procurar o credor e firmar com ele um acordo, antes que os equívocos todos o mandem para a prisão, de onde não sairá até que pague o último centavo.



quarta-feira, 16 de fevereiro de 2011

Senador propõe a instalação de cassinos

Foto: Agência Senado/Reprodução
O senador Mozarildo Cavalcanti (PTB-RR), propôs no início deste ano, o projeto de lei que prevê a exploração de cassinos em hotéis da Região Amazônica e do Pantanal.

A autorização engloba os estados do Acre, do Amapá, do Amazonas, do Maranhão, do Mato Grosso, do Mato Grosso do Sul, do Pará, de Rondônia, de Roraima e Tocantins.

Segundo o autor da proposta, o objetivo é dotar essas regiões de mecanismos capazes de promover o desenvolvimento e minimizar as desigualdades sociais.

"O funcionamento dos cassinos é fator de desenvolvimento em qualquer parte do mundo e a autorização de funcionamento na região pretendida reveste-se de maior importância à medida que também é um mecanismo de estímulo ao grande potencial da região, que é ecoturismo", defende o senador por Roraima.

Ele explica ainda que o fluxo de turistas terá como ênfase a preservação do meio ambiente e o desenvolvimento sustentável, promovendo, por outro lado, a geração de empregos.

O projeto aguarda a designação de um relator para a Comissão de Constituição, Justiça e Cidadania (CCJ), que deve se reunir na próxima quarta-feira (23).

Após análise da CCJ, a proposta será examinada pela Comissão de Desenvolvimento Regional e Turismo (CDR) e, em seguida, pela Comissão de Assuntos Econômicos (CAE).

Turistas

Outro projeto de lei apresentado por Mozarildo trata-se de um complemento ao que permite a exploração de cassinos na Região Amazônica e no Pantanal.

A proposta (PLS 13/11) dispensa o visto a turistas estrangeiros para as visitas a essas regiões, desde que a viagem seja de até 15 dias.

Na justificativa Mozarildo explica que o objetivo é incrementar o fluxo turístico nos estados dessas duas regiões.

"A exigência de visto, muitas vezes, é considerada um obstáculo para os potenciais turistas que buscam alternativas em outros países para o turismo ecológico" diz o parlamentar.

O projeto está na CRE, com prazo para recebimento de emendas até esta quarta-feira (16). Em seguida, será designado um relator na comissão.





Jogos de azar

Os cassinos foram proibidos no Brasil em 1946 pelo presidente Eurico Gaspar Dutra (Decreto-lei 9.215/46), sob o argumento de que os jogos de azar atentavam contra os princípios morais.

A atividade de exploração desses jogos vinha desde o Império, mas foi proibida em 1917. A proibição foi suspensa em 1934, pelo presidente Getúlio Vargas, e restabelecida por Dutra em 1946. Nesse período em que os jogos de azar estiveram liberados, multiplicaram-se os cassinos no país.

Atualmente, apostas em jogos só podem ser feitas no âmbito das loterias oficiais. No entanto, os navios que possuem cassinos podem aportar no Brasil, e seus passageiros, quando fora das águas territoriais, podem jogar, conforme informou hoje a Agência Senado.



terça-feira, 15 de fevereiro de 2011

Sofrendo no Parque Infantil

Delsinho, o cabeleireiro piriguete, morava há muito tempo com a irmã mais velha. Apesar de dividirem o mesmo teto, eles quase não se viam. Não obstante a amizade que os unia, uma das manias do mocinho, de cabelos encaracolados, vexava a mana barriguda.

Delsinho, o lindinho, habituara-se a vestir as roupas da falecida mãe. Essa mania teve início logo depois do falecimento da boa velhinha. Diante do guarda-roupa da mamãe, ele teria empacado num acesso de dúvidas: doar ou não doar as vestimentas da finada?

O mocinho delicado trabalhara, quando muito jovem, na Companhia Tupinambiquence de Força e Luz. E fora lá naquele ambiente, rodeado por mesas, máquinas de escrever, calculadoras e papéis que o menino conheceu o Fofão.

Fofão trabalhava na oficina mecânica do Nero careca, onde lavava as peças com gasolina. Por ser aprendiz, do experiente mecânico Nero, começara no ofício bem de baixo: lavando as peças dos motores desmontados.

No afã de telefonar para a oficina do Nero, buscando saber se esse ou aquele veículo, da Companhia Tupinambiquence, estava pronto ou não, foi que as almas de Fofão e Delsinho se encontraram.

Numa tarde, depois de ouvir duzentas vezes, do seu chefe as ordens para que telefonasse à oficina, a fim de saber se uma caminhonete ficara pronta, Delsinho atendido por Fofão, sentiu-se enamorado pela voz que ouvia ao telefone.

Então tomado por um enlevo assaz arrebatador, Delsinho resolveu ir pessoalmente à oficina do Nero, onde estava o dono da mais bela voz, que jamais ouvira em toda a sua vida.

E foi assim que aquele caso entre Delsinho e Fofão teve início. Durante os primeiros meses do relacionamento algumas atitudes, a fim de harmonizar as preferências, eram cobradas por ambos

Fofão mantinha um bigode fino margeando o lábio superior. Mesmo com as reclamações do companheiro, durante os passeios de carro, nas tardes de domingo, o dono do bigode recusava-se a raspá-lo.

- Esse bigodinho ridículo me faz lembrar o diretor do Parque Infantil, lá na Rua Botadentes, onde minha tia me levava pra brincar com os moleques – dizia Delsinho acomodado no banco do carona, daquele Simca Chambord amarelo e branco, legítima propriedade do Fofão, numa tarde de domingo do outono de 1962.

- Ah, não esquenta Delsinho. Já não chega essa mania de andar pra cima e pra baixo com esse roupão branco ridículo? – respondia Fofão em defesa dos seus pêlos supralabiais.

- Olha, mas aquele homem era mesmo muito chato. Ele vinha logo com uma prancheta na mão esquerda, uma caneta furreca na direita e um apito pendurado no pescoço. Quando chegava no meio da molecada gritava com todo mundo dividindo o bolo de gente em duas turmas. Uma leva ia pra um lado do campo e a outra pr´outro. E sabe o que ele fazia? Ele ficava no meio, entre os dois bandos segurando uma bola de capotão acima da cabeça das hordas. E quando ele soltava aquela bola, meu amigo, não adiantava assoprar o apito. Que saísse da frente que era chute pra todo lado.

- Você exagera, ô Delsinho. Para com isso. – reclamava Fofão, engatando uma terceira marcha.

- Nada! O tal saia pulando feito uma gazela e subia nos primeiros degraus da arquibancada que circundava o campo. Lá de cima, a salvo, ele apitava e apitava aquela coisa horrorosa. Teve uma hora que eu não aguentei. Pedi pra sair. Eu não sabia qual era o meu time. Era tudo misturado. Não tinha uniforme. Quando eu pegava a bola, alguém pedia pra eu passar. Eu passava e o cara era do time contrário. Puta reclamação! Eu não suportei e pedi pra sair. Fiquei sentado vendo a zoação. Deus me livre!

- Ah, para Delsinho! – Olha estamos passando em frente ao prédio da prefeitura.

- E depois que tava todo mundo suado, cansado, com o corpo cheio de terra o cara mandava todos ficarem numa fila enorme. Eles davam ou pão com banana ou pão com leite moça. Mas não era genial?

- Que vida hein Delsinho?

- Ah, olha, nem sei. Um dia até pensei em morar na Holanda. Lá tem tamancos, diques e pintores famosos.

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

O Infernizador

A frustração dos impulsos sexuais pode transformar-se em ódio e ressentimento, que fará do inibido um perturbador impertinente.

A libido represada conduz o sujeito ao comportamento vingativo, odiento, que somente se satisfará ante o sofrimento do frustrador.

O malogrado compensará também sua angústia com a maledicência e muitas fantasias sobre aquele obstáculo “insensível” e “maligno”.

A busca da satisfação sexual com quem não a deseja e a rejeição dos carinhos, daquele que se mostra receptivo, formam em ambas as almas, uma poderosa força contrária negativa, cujos objetivos podem ser, inclusive o de transformação do gênero do decepcionante.

As insatisfações, tanto a sexual quanto a da paz, do equilíbrio do sujeito, são fatores evocados pela figura exponencial do triângulo.

As almas frustradas, sofridas, unem-se então na busca incessante da eliminação da fonte do desprazer.

Os conluios, conchavos, armadilhas e até violências físicas são os resultados das aproximações sexuais não desejadas.

Banhos de cachoeira, espelhos e papéis podem lembrar os dramas vividos pelos rancorosos, incapazes de substituir as más sensações, causadas pelas experiências negativas.

Quase ninguém condena os que afirmam ser mortal o ódio da “bicha” frustrada.

Patrocine este blog.



quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

Vendendo a alma para o demônio

O cerco que os nazistas impuseram a Stalingrado, durante a II Guerra Mundial, foi determinante para o início da queda do III Reich.

Os nazistas, com um exército numeroso, bem treinado, coeso e armado, sitiaram os soviéticos por alguns anos.

A pertinácia de Adolf Hitler, no entanto, depois de conseguido o seu objetivo, não permitiu que suas tropas se rendessem, quando todos esfomeados, maltrapilhos e sem munição, viram-se sozinhos, nos escombros da cidade abandonada.

A loucura de Hitler, que não o deixava ver os fatos, equilibrado pelo bom senso, levou-o à morte, juntamente com a maioria dos que compunham o seu governo.

Entre 1933, ano em que subiu ao poder, até 1943, quando seus exércitos começaram a ser derrotados, o eleitor alemão deveria, para se ver livre das perseguições, juntar-se aos nazistas. Isso equivalia a vender a alma ao demônio.

Estudos psiquiátricos posteriores davam conta de que o Fuhrer sofria de impotência sexual e negava-se a tomar os remédios prescritos para a deficiência, advinda em decorrência da perda de um dos testículos, na I Guerra.

Hitler era teimoso, colérico. Ele agredia facilmente aos que se recusassem a obedecer aos seus comandos e não hesitava em mandar suprimir a vida daqueles com quem antipatizava.

Os judeus eram os alvos preferidos de Adolf Hitler e seus comandados. Durante a guerra, ele mandou matar milhões de pessoas em vários campos de concentração.

Antes de mandar seus prisioneiros para as câmaras de gás, Hitler os escravizava. Milhões de cidadãos, dentre eles poloneses, tiveram de construir estradas, pontes e realizar várias outras obras sob o domínio nazista.

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

Ardem barracões de escolas no Rio


Foto: Twitter/Reprodução






Um incêndio de grandes proporções atinge barracões de escolas na Cidade do Samba, Rio de Janeiro.

Até o momento quatro barracões estão praticamente destruídos pelas chamas.

O fogo teve início por volta das 7h e se alastrou rapidamente por causa do material inflamável. O funcionário da escola Grande Rio, Simon Garcia de 26 anos, feriu-se e está internado no Hospital Souza Aguiar.

Apesar dos esforços dos Bombeiros do Quartel Central do Rio, os danos causados nas edificações das escolas atingidas, são irreversíveis.

Algumas paredes rachadas caíram e há ainda o risco de outras cederem.

No início do incêndio poucas pessoas estavam no local. Grande quantidade de material inflamável usado na confecção das fantasias e carros alegóricos foi consumida pelas chamas.

"O carnaval é festa, mas hoje o dia é de tristeza. Peço que as autoridades olhem para as escolas afetadas e nos ajudem a partir de agora. Vamos ver o que podemos fazer. Temos que nos unir em um grande mutirão e recomeçar do zero. É lamentável, não estou em condições de analisar nada neste momento, mas não vamos nunca perder a nossa alegria", disse o presidente da Escola de Samba União da Ilha Ney Filardes, numa entrevista ao telejornal Bom Dia Brasil.

domingo, 6 de fevereiro de 2011

As credenciais de Jesus eram as obras que ele fazia

Jesus Cristo, nosso senhor, foi crucificado por desejar ser o que não era.

De fato, Jesus pretendia ser sacerdote, profeta e rei. A oposição que ele encontrou levou-o também ao conflito culminante na sua crucificação.

Os doutores da lei, isto é, os sacerdotes que detinham o poder religioso, naqueles momentos em que a nação judaica, se via sob a dominação romana, percebiam-se afrontados pela série de regras novas explicitadas por aquele tal Jesus.

Veja que os ensinamentos do filho de Maria contradiziam os preceitos antiguíssimos do velho testamento, seguidos a risca pelos integrantes das sinagogas.

Então quando o fiel infringia qualquer uma daquelas mais de 600 determinações, contidas nos livros sagrados, ele deveria dirigir-se ao templo e lá solicitar a sua purificação.

O sacerdote então, nos dias especificados, promoveria o sacrifício de animais tais como pombos, ou bodes, aspergindo com o sangue, alguns locais dentre eles o altar.

Esse tipo de “purificação” tinha de ser renovado anualmente, pois não era o sacrifício - sofrimento daqueles que nada tinham a ver com as pendengas – que remiam os pecados, mas sim a misericórdia.

Ora, se todo o povo deixasse de solicitar os tais serviços, a economia dos templos estaria seriamente ameaçada.

Quem não se submetesse aos preceitos normativos dos templos poderia sofrer com a “lepra”, “cegueira”, “surdez” ou “paralisia”.

Quando Jesus faz ver, ouvir, andar, livra os oprimidos da tal lepra, ele mais uma vez coloca em risco a credibilidade e as finanças dos sacerdotes.

É claro que a opinião pública poderia, nesses momentos, voltar-se contra ele.

Então quando ele diz “Vós sois o sal da terra e se ele tornar-se insosso com o que salgaremos? Ele não servirá para mais nada a não ser para ser jogado fora e ser pisado pelos homens”, na verdade está dizendo que se houvesse o seu silenciamento, tudo poderia voltar à opressão espoliativa e injusta de sempre.

Quando Cristo afirma “Vós sois a luz do mundo, não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca sob uma vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos os que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso pai que está nos céus”, na verdade está ele dizendo que se você tem algum dom, deve exercê-lo mesmo que isso contrarie as autoridades do lugar.

Ao indagarem-no sobre quem lhe dava a autorização para fazer aquilo tudo que fazia, Jesus respondeu-lhes com outra pergunta – O Batismo de João vem dos homens ou de Deus? – que eles não souberam responder.

Jesus Cristo não precisava da licença de ninguém para fazer o que fazia. Suas credenciais eram as suas obras, os seus milagres.

Patrocine este blog.

sexta-feira, 4 de fevereiro de 2011

BBB 11: você escolhe quem volta

O administrador de empresas pernambucano Rodrigo, de 27 anos que trabalha como modelo, crê que com seu espírito competitivo pode ganhar o BBB 11.

Ele já foi jogador de futebol, é faixa-marrom de judô, pratica windsurfe, tênis e posou duas vezes para uma revista dirigida ao público gay.

Para este aquariano solteiro, que foi eliminado no dia 30 de janeiro, a sinceridade é um traço marcante da sua personalidade. “Sou muito sincero e, às vezes, a verdade machuca” diz ele.

Rodrigo, que é botafoguense, badalava nas festas e não perdia tempo quando tinha oportunidade de paquerar as sisters. “Estou curtindo a vida. Se gostar de alguém vou partir para o ataque” disse ele na ficha de inscrição. Com relação a convivência, ele afirmou ser uma pessoa tranquila. “Tenho facilidade de conviver com pessoas diferentes. Vou procurar conhecer as pessoas e os adversários.”

Rodrigo está na casa de vidro junto com os demais eliminados. O público pode escolher qual deles voltará.

 

quarta-feira, 2 de fevereiro de 2011

Os Bailes de Carnaval

Jorge sentia-se estranho naquela cidade. Ele viera para uma festa de aniversário da prima Helen que o recebera muito bem na manhã do dia anterior.

O rapaz caminhava só pela calçada ruminando os bons momentos da festa que tivera muita gente, flash e animação.

Ele não dormira bem à noite por causa do excesso de bebida, mas, mesmo assim ao acordar, naquela manhã de terça-feira, resolveu andar pelo calçadão da orla. O sol aquecia bastante, despontado no céu límpido.

- Por que a Helen não fez a festa no final de semana? – perguntava Jorge num solilóquio discreto, enquanto observava, através das lentes dos seus óculos de sol, algumas pessoas que se divertiam nas ondas verdes.

O turista andava distraído e surpreendeu-se quando alguém ao se aproximar por trás disse:

- Ei Jorge, já cedo assim acordado? Não passou bem durante a madrugada? – Era o empresário Cristiano que também participara das comemorações do décimo nono aniversário da Helen. Ele vinha no mesmo sentido caminhando mais rápido.

- Ah, oi, como vai? – respondeu Jorge ao voltar-se – Eu bebi muito. A ressaca é enorme. Não passei bem o resto da noite, mas logo melhoro – concluiu.

- Achei esquisito a Helen desperdiçar o sábado e o domingo pra fazer a festa. Ela escolheu justamente a noite de segunda-feira. Não é estranho? – indagou Cristiano ajustando a velocidade dos seus passos a dos de Jorge.

- É, gente rica tem suas manias - explicou o turista. – E depois, levantando a pala do boné vermelho: - Mas como tem gente bonita nesta praia hein? Veja como as mulheres caminham harmoniosamente. Parece que desfilam naquelas passarelas.

- Sim, tem muita gente sarada e bela por aqui – resumiu Cristiano percebendo o suor que lhe empapava a camiseta - Vamos caminhar mais rápido?

Os dois homens seguiram céleres pelo calçadão quando avistaram um gorducho que, de short amarelo, camiseta preta, boné verde e chinelos brancos, arrastava uma mala preta enorme ao atravessar a avenida em direção à praia.

- Veja só aquela figura! – assustou-se Cristiano chamando a atenção do companheiro – não é o Leonel?

- Não conheço nenhum Leonel – respondeu Jorge desviando-se de um esqueitista, que saíra sem querer, da ciclovia.

- Você não imagina o que esse cara aprontou num baile de carnaval no ano passado. Meu amigo, que vergonha! Que vexame – enfatizou Cristiano.

- Nossa! Foi tão grave assim? – quis saber o amigo.

- O sujeito chegou cedo ao salão, bebeu todas e mais algumas, depois no meio daquele povo todo, começou a passar a mão na busanfa da mulherada.

- E ai? Deram-lhe um cacete? – indagou Jorge.

- Botaram o cara pra fora do baile. Ficou deitado na calçada de tão bêbado que estava. Mas pode uma coisa dessas?

- Pô, mano, que papelão! – concordou o turista.

- E, olha, não foi aquela a primeira e a única vez, não. Houve outra, no mesmo esquema. No baile dos periquitos, ele mandou ver a mão boba nas coxas do mulherio. Parece que o sujeito não pode beber.

- O pessoal instiga e ele entra de gaiato. Na verdade é um panaca, um palhaço – arriscou Jorge com a sua análise.

O calor aumentava por volta das onze horas. Eles haviam chegado defronte ao prédio da Helen.

- Quando você volta pra casa? – indagou Cristiano.

- Talvez amanhã à noite – respondeu Jorge num tom de despedida.

- Tem ainda muitas compras pra fazer? – brincou Cristiano afastando-se.

- É, meu amigo, a vida tem dessas dificuldades também – concluiu Jorge com ironia, entrando no edifício.

02/02/11

Patrocine este blog.