quinta-feira, 11 de março de 2010

Que vantagem Maria leva?

Os políticos de Piracicaba conduzem a cidade numa direção contrária a do resto do mundo desenvolvido. Nas regiões mais evoluídas o meio ambiente é a prioridade, pois se sabe que com a degradação do local onde se vive, degrada-se também a população ali existente.

Um veículo usuário de combustível, feito com a matéria orgânica, retirada do subsolo e transformada em gases na superfície, produz o equivalente a cinco toneladas de material tóxico por ano.

Enganam-se aqueles que acham que não seja nociva, para a saúde, a absorção desse lixo gasoso pelos organismos biológicos. Isso sem falar no espaço ocupado por um carro, geralmente contendo uma só pessoa.

Os gênios da política caipira desejam trazer para a província uma fábrica de automóveis. A justificativa principal é a de que o empreendimento trará aproximadamente 5.000 mil novos empregos.

Sim. Mas para quem? Para trabalhar numa fábrica dessas é necessário ter experiência, conhecer o manuseio das máquinas utilizadas na produção dos componentes dos veículos. E ao que nos consta, trabalhadores hábeis nas oficinas mecânicas, especializadas na fabricação e manutenção de usinas e peças de usinas de açúcar e álcool, não seriam os mais indicados.

Na engenharia também o processo é o mesmo. Os projetistas e desenhistas experts na criação de maquinário utilizados pelos usineiros nas suas propriedades, não teriam o mesmo preparo que os profissionais das fábricas de automóveis.

Isso ocorre também com o pessoal da burocracia. Os trabalhadores de colarinho branco, encarregados dos trâmites relativos aos escritórios, das usinas de açúcar, teriam uma rotina completamente diferente, na indústria automobilística. As experiências são diversas.

Portando para a fábrica, que pretende se instalar em Piracicaba, mesmo recebendo gratuitamente as áreas de terras e a isenção de impostos por muitas gerações, seria mais lucrativo trazer, de fora, os trabalhadores de que necessita.

Então, que vantagem levaria a nossa querida província com instalação desse empreendimento, se ele não proporciona direito a impostos, não emprega as pessoas nascidas no local e não contribui para a melhoria do meio ambiente?

É suficiente para o ego do cidadão piracicabano dizer: “Esse carro foi feito em Piracicaba”?

Além do prestígio para os políticos, que atualmente ocupam os cargos eletivos, aliás, há um bom tempo, em nada mais serviria esse projeto pobre. Na verdade isso se compararia a um espetáculo de palco, a um show pirotécnico, onde os “Maquiavéis” do PSDB exercitariam suas capacidades prestidigitadoras.

Aos homens públicos interessa a manutenção dos cargos por causa dos lucros. Em tempo de eleição não se pode duvidar da existência de prefeitos que inaugurariam até pontes de safena, se isso lhes rendesse votos.



A proteção do meio ambiente conduz a indústria automobilística a desenvolver projetos que utilizam energia limpa.

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