quarta-feira, 16 de junho de 2010

Expectativa intensa, frustração também

A seleção brasileira não jogou legal. A pesar do bom preparo físico, da genialidade dos elementos que a compõem, talvez até pela falta de habito de jogar sob aquela temperatura, essa campeã do mundo deixou muito a desejar.

Mas não é por isso que se deve sair por ai “metendo o pau”, criticando sem dó nem piedade. O potencial formador desse grupo é digno de admiração.

É bom que se diga desde já, que quando se forma uma expectativa bastante intensa, a frustração pode ser uma das reações mais observadas.

Há muita simetria na formação do conjunto e a troca de passes bastante assertiva. A posse de bola é também notável e esse traço remeteu ao selecionado alemão, que marcou quatro, no seu primeiro jogo.

O diferencial entre os alemães e a formosa é que aqueles têm o hábito de jogar sob baixas temperaturas. Isto é, eles trabalham mais desenvoltos, menos travados.

Entretanto não se deve lançar mão de planos mirabolantes ou apressados, do tipo dos que fecham oportunidades de lances no meio do campo.

As subtrações indesejadas das jogadas justas entre a defesa e o ataque não justificaria atitude apressadas e intempestivas.

Imagine o desequilíbrio que revelaria a extinção da possibilidade do fluxo de passes, entre o meio do campo e o ataque. Ou entre a retaguarda e o centro.

Dunga não faria isso. Se o fizesse não lhe restariam muitas alternativas. Ele é suficientemente competente para não desejar deslealdades ao adversário.

Mas no geral o aspecto é favorável. É gostoso ver a seleção atuando. Entretanto consideremos que o gol não seja só um detalhe; o gol é fundamental.

De nada aproveita, se com toda essa formosura, a campeã do mundo não “chegue aos finalmentes”.

Seria pedir muito, rogar-lhe que fizesse mais gols?

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