sexta-feira, 4 de junho de 2010

O Chupa-cabras tupinambiquence

Donizete Pimenta, o besouro rola-bosta tupinambiquence foi durante algum tempo considerado o chupa-cabras da região. Já lhes contei algumas passagens dessa figura, mas não custa nada mostrar-lhes o que de inusitado tem ainda a tal personagem.

O sujeito era aparentado de Gabrielzinho, o babá sonso, que por ser muito vagabundo, dizia preferir cuidar das crianças, ao invés de trabalhar na prefeitura, feito gente grande.



As suspeitas de que Pimenta também seria um pedófilo, desejoso de se aproveitar das filhas da atual amásia, foram substituídas pela certeza de que o “chupa-cabras” queria mesmo esperar que elas crescessem para então, livre de qualquer possibilidade de acusação, que pudesse enquadrá-lo entre os abusadores de crianças, compensar o tempo que perdera esperando-as crescer.



Na verdade Donizete Pimenta e Gabrielzinho tinham algo que os unia: a tara por crianças. Ambos desempregados chegaram a pensar em fazer, num barracão, que fora propriedade do Charles Bronchon, uma creche onde poderiam dar vazão às doenças que os acometia.



Os crimes praticados por Donizete Pimenta e Gabrielzinho eram do conhecimento das autoridades do município, mas por alguma falha burocrática, os castigos ainda não tinham se concretizado.



Por terem sido gerados por pais irmãos entre si, vieram à luz, tanto Gabrielzinho como Donizete Pimenta, com deformações genéticas perceptíveis nesse tipo de comportamento aberrante.



A própria amásia de Donizete Pimenta também era fruto de cruzamentos consanguíneos, razão pela qual a descendência toda era condenada à demência.



Os altos índices de imbecilidade e idiotia, existentes em Tupinambicas das Linhas, tinham como causa principal o cruzamento entre parentes.



Então era comum ver muita gente babenta puxando carroças pelas ruas sujas da cidade abandonada.



Diziam as más línguas que até mesmo o prefeito da cidade conhecido como Jarbas, o caquético testudo, tinha ascendência consanguínea. Isto é, que seus pais eram parentes entre si. Isso justificaria a calamidade que se transformou a sua administração.








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