sexta-feira, 23 de julho de 2010

Erro Judiciário

É preciso muito cuidado com esses julgamentos antecipados, sem provas ou nada mais que possa servir de base para condenações.

No caso do goleiro Bruno e outros envolvidos com o suposta morte de Elisa Samúdio, é bom tornar a relembrar que todos são inocentes até prova em contrário. É um princípio do direito penal e quando violado, as injustiças são tremendas e praticamente irreparáveis.

Na década dos anos 1930 em Minas Gerais, dois irmãos foram condenados pela suposta morte de um amigo. Um dos acusados morreu na prisão e o outro só foi libertado depois que o suposto morto apareceu. Passou 16 anos na cadeia.

A mãe dos acusados não acreditava no que a polícia autoritária da época afirmava. Na verdade vivia-se numa ditadura militar. Getúlio estava no poder e não havia muito tempo para conversas. O autoritarismo tem essa característica.

A polícia arrancou na “marra” uma confissão inverídica. Para os homens da lei daquele tempo os dois irmãos mataram a vítima que havia acabado de ganhar muito dinheiro com a venda de uma grande quantidade de arroz.

Enquanto os dois condenados sofriam na cadeia, o suposto morto vivia no Estado do Mato Grosso para onde viajara de avião.

Se não me engano até os dias atuais, a família dos injustiçados pleiteia, nos tribunais brasileiros, uma reparação para esse caso, que ficou conhecido como o caso dos irmãos Naves.

Nenhum comentário:

Postar um comentário