domingo, 18 de julho de 2010

A vergonha esquizofrênica

Imagine uma folha que cai e que ainda permanece aos pés da árvore, alimentando a raiz. Mas não é mesmo bonito isso?

É poético, romântico, melancólico, e suscita muita tristeza. Mas eis que, se não quando, surge lá de cima o super, hiper, mega e tremendo tecladista supimpa, ansioso pra dedilhar com maestria, o hino do Corinthians, de orelhada.

Mas será o Benedito? Se o poodle pulguento e insaciado deixar, isto é, se reduzir um pouco a cadência dos seus latidos, talvez consiga concatenar as notas necessárias.

Quem sabe o nosso tecladista misterioso, vendo-se são dos porres homéricos a que está acostumado, tenha mesmo aprendido como se faz, para conseguir a boa harmonia, com seu instrumento. Ora veja.

Sei que chegaram a lhe dizer serem maléficos os resultados que se obtém com o uso imoderado do tabaco e álcool. Mas teria sido a cabeça dura, e ornada com a galhada e-nor-me, o estorvo na comprovação das instruções?

E segue o cabeça de cabra na teimosia inoperante, vadia e sem nexo. Perde-se entre os números da papelada que lhe aparecem embaralhados, numa confusão sem fim.

Ô pinguço do inferno! Já não lhe avisaram ser necessário limpar a piscina suja, a fim de que os vizinhos não sofram as complicações da dengue?

O escroto dos esgotos ainda não aprendeu serem insanas as formas anônimas de manifestação? A mamãe balofa não ensinou que os vizinhos devem ser respeitados, da mesma forma que gostaríamos que nos respeitassem?

Cabeça de bagre tímido e fujão: pra ser cantor, gravar CDs e se apresentar em público é necessário, antes de tudo, alguma psicoterapia libertadora dessa “vergonha” esquizofrênica.



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