Estavam todos reunidos no quintal: Vanzinho de Oliveira Grogue, a mamãe dele, dona Adélia, e os irmãos Titica e Titiquinho.
Entardecia; eles tinham acabado de tomar banho e vestiam roupas limpas.
Um pinto amarelo piava, caminhando entre as crianças, que disputavam a atenção da mamãe.
Van Grogue, observando que Adélia se ocupava com os outros dois irmãos, desceu o rosto ao rés do chão, de onde podia olhar mais de perto, aquele projeto de galo ou galinha.
Mas, de repente, Titica que conversava com a mãe, afastou-se, dando um passo atrás, com o pé direito.
Ele calçava uma sandália marrom e foi com ela que pisou, esmagando a cabeça do pinto.
A cena terrível ocorreu defronte a face do Grogue que, chocado com o acidente, pôde ainda ouvir os últimos piados agônicos do animal que expirava.
O espanto causado pelo fato em Adélia não a fez ralhar com o garoto, mas lamentar dolorosamente o acontecido.
Titica não percebeu a gravidade do seu passo atrás; sorriu ao ver o pobre animalzinho, com a cabeça envolta na poça de sangue e grudada no chão.
Adélia lamuriosa, pegou com jeito, o pinto amarelo de cabeça vermelha, e o pôs no lixo.
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