domingo, 6 de fevereiro de 2011

As credenciais de Jesus eram as obras que ele fazia

Jesus Cristo, nosso senhor, foi crucificado por desejar ser o que não era.

De fato, Jesus pretendia ser sacerdote, profeta e rei. A oposição que ele encontrou levou-o também ao conflito culminante na sua crucificação.

Os doutores da lei, isto é, os sacerdotes que detinham o poder religioso, naqueles momentos em que a nação judaica, se via sob a dominação romana, percebiam-se afrontados pela série de regras novas explicitadas por aquele tal Jesus.

Veja que os ensinamentos do filho de Maria contradiziam os preceitos antiguíssimos do velho testamento, seguidos a risca pelos integrantes das sinagogas.

Então quando o fiel infringia qualquer uma daquelas mais de 600 determinações, contidas nos livros sagrados, ele deveria dirigir-se ao templo e lá solicitar a sua purificação.

O sacerdote então, nos dias especificados, promoveria o sacrifício de animais tais como pombos, ou bodes, aspergindo com o sangue, alguns locais dentre eles o altar.

Esse tipo de “purificação” tinha de ser renovado anualmente, pois não era o sacrifício - sofrimento daqueles que nada tinham a ver com as pendengas – que remiam os pecados, mas sim a misericórdia.

Ora, se todo o povo deixasse de solicitar os tais serviços, a economia dos templos estaria seriamente ameaçada.

Quem não se submetesse aos preceitos normativos dos templos poderia sofrer com a “lepra”, “cegueira”, “surdez” ou “paralisia”.

Quando Jesus faz ver, ouvir, andar, livra os oprimidos da tal lepra, ele mais uma vez coloca em risco a credibilidade e as finanças dos sacerdotes.

É claro que a opinião pública poderia, nesses momentos, voltar-se contra ele.

Então quando ele diz “Vós sois o sal da terra e se ele tornar-se insosso com o que salgaremos? Ele não servirá para mais nada a não ser para ser jogado fora e ser pisado pelos homens”, na verdade está dizendo que se houvesse o seu silenciamento, tudo poderia voltar à opressão espoliativa e injusta de sempre.

Quando Cristo afirma “Vós sois a luz do mundo, não pode ficar escondida uma cidade construída sobre um monte. Ninguém acende uma lâmpada e a coloca sob uma vasilha, mas sim, num candeeiro, onde brilha para todos os que estão na casa. Assim também brilhe a vossa luz diante dos homens, para que vejam as vossas boas obras e louvem o vosso pai que está nos céus”, na verdade está ele dizendo que se você tem algum dom, deve exercê-lo mesmo que isso contrarie as autoridades do lugar.

Ao indagarem-no sobre quem lhe dava a autorização para fazer aquilo tudo que fazia, Jesus respondeu-lhes com outra pergunta – O Batismo de João vem dos homens ou de Deus? – que eles não souberam responder.

Jesus Cristo não precisava da licença de ninguém para fazer o que fazia. Suas credenciais eram as suas obras, os seus milagres.

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