quinta-feira, 22 de setembro de 2011

Movendo o Burro



                                 Existem algumas maneiras de você mover um burro. A primeira delas é espancá-lo tornando incômodo o local onde ele está. A segunda é oferelher-lhe acepipes tipo cenouras saborosas. A terceira é fazer um contrato com o dono dele.
             Uma turma pode dizer ao sujeito dependente dos salários pagos em decorrência da ocupação dos cargos eletivos:
             - Olha, vai dar uma voltinha na rua que o pessoal do jornal está ligado e o fotografará. A gente vai usar isso como argumento para a reeleição.
             E você acha, meu mui nobre e querido eleitor, que o viciado em verbas públicas deixará de ir? É claro que não. O dependente do dinheiro popular se inflará de tal forma, vestirá umas peças básicas (humildes) de roupa e vamo que vamo. Sebo nas canelas.
             Afinal mais quatro anos, 48 salários (fora os conchavos), a mordomia, e os privilégios da função pública eletiva, não compensariam uma caminhadazinha básica, ainda que sofrida, pelas calcadas esburacadas, debaixo do sol?
             Conheço gente que faria muito mais pra ganhar bem menos.
              Mas é assim mesmo. Veja como é o acaso. Ontem o camarada cortava cana. Hoje ele faz leis para uma cidade inteira obedecer.
             Enquanto isso, os senis doutores catedráticos continuam na velha faina para obter a maior produtividade do metro quadrado da terra, onde plantarão o tal vegetal, que lhes dará o biocombustível.
             Viva a primavera!
22/09/11

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