sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Na Periferia da Cidade




                                   Cometendo muitas injustiças, falseando a verdade, enganando muita gente por tanto tempo, o símbolo da aflição usurpou o poder por 42 anos.
             A marca daquele reinado foi a perseguição, a opressão, e a violência contra as míseras vítimas indefesas. Note que essa tirania voltou-se, no final, contra ela mesma.
             A crueldade, contra quem não pôde, ou não conseguia se defender, perdurou por mais de quatro décadas, durante as quais o falso acumulou enorme riqueza.
             Nada contra quem busca a fortuna, o poder, o sucesso. Mas se isso tudo foi conseguido sobre bases simuladas, não perdurará, como não perdurou. Ruiram as estruturas corrompidas, da mesma forma que ruirão as edificações construídas sobre a areia.
             Com uma bobagem qualquer a mente malsã arregimentou inocentes úteis, centenas de ingênuos de boa vontade, construindo com seus esforços, ondas gigantes de inverdades, que se cristalizaram na poderosa fortuna de bens materiais.
              Para manter-se, muita gente foi destituída da paz, da saúde, do bem estar e da harmonia. Ao lado do tirano ninguém tem sossego.
             No final revoltou-se a natureza contra as monstruosidades. Multiplicadas por milhões, as injustiças reverteram para o ponto donde partiram.
             Que triste fim do governante que terminou seus dias, num cano de esgoto, na periferia da cidade.        

Nenhum comentário:

Postar um comentário