De nada lhe adianta o poder da língua, da garganta, das amizades numerosas, da capacidade de induzir ou influenciar centenas de pessoas, se você não tiver a caridade.
De que lhe serve o fato de morar num quarteirão há mais de 30 anos, ter uma rede de vizinhos, parentes e amigos, participar de vez em quando das celebrações religiosas, se não tiver dentro de si, a compaixão?
No momento difícil, derradeiro, não será a imensidão do numerário, depositada nos bancos, a porção de casas que a mamãe tem, e nem a quantidade dos serventes ao seu dispor, que aliviarão a gravidade das consequências.
Saiba que não é a necessidade imensa de controlar a todos ao derredor, que lhe prolongarão ou tornarão os seus dias mais agradáveis.
Não há salvação para quem não se compadece, para quem não estende a mão ao semelhante sofredor, para quem não se dispõe a partilhar o que possui.
É naquela visita aos pobres, aos doentes nos hospitais, é no fazer ou dizer algo confortador a alguém necessitado, que se percebe a verdadeira e salvadora cristandade de alguém.
Precisamos entender ainda, mesmo depois de passado tanto tempo, que devemos amar a Deus antes de todas as demais coisas. Fora disso é inconcebível o equilíbrio, a tranquilidade e a própria sanidade mental.
22/10/11
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