quinta-feira, 19 de janeiro de 2012

O Náufrago



         Imagine-se em um veleiro, navegando de Santos ao Rio de Janeiro e, quando em alto mar, é envolvido por uma tempestade.
         Você está só; os ventos e a chuva açoitam a embarcação com tanta fúria e inclemência que o aterrorizam.  Faz parte do conjunto de objetos que compõem o interior do barco, um pote de dez litros de água, copinhos de plástico, onde geralmente servem café, uma escada e também uma pequena placa de madeira em que há a inscrição: a cada um segundo suas obras.
         O céu está tomado por nuvens negras; a chuva é bem fria, as ondas estão muito altas; num dado momento, a ventania arranca as velas e você se vê assim, de repente, sem o leme.
         Não tendo como controlar a situação você desesperado, percebe que a proa do veleiro se partiu e que, num átimo de segundo, as águas invadem tudo. A embarcação começa a afundar.
         Está frio. Nas águas geladas você se agarra a um pequeno destroço que o mantém na superfície. Você percebe que a estabilidade daquela sua tábua de salvação é ameaçada por algumas coisas que, naquele momento, mais o prejudicam do que ajudam.
         Então você tem de escolher: ou se livra do pote, da escada, dos copinhos de plástico e da placa, ou submerge rodeado por aquelas coisas todas.
         Ao decidir desembaraçar-se dos objetos, você nota que a intensidade dos ventos, da chuva e das ondas aumentaram bastante castigando-o muito.
         Mas felizmente, depois de muito tempo perdido naquele turbilhão, você nota que, apesar de muito sofrido, está são e salvo numa praia.
         Então, para a surpresa sua, você consegue ver que aquelas coisas todas que você lançou ao mar, durante os momentos de muita dificuldade, estão de volta ali, ao seu lado.
         Você recolheria aquilo tudo para equipar o seu próximo veleiro?

Veja o vídeo.

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