Esse
Carlinhos Cacheira está dando o que falar. Na sessão da CPI, que investiga o suposto
envolvimento do senador Demóstenes Torres com o tráfico de influência e o uso
de dinheiro, oriundo da contravenção, ele foi chamado até de múmia.
A
senadora Katia Abreu (PSD-TO) perdendo a paciência com a mudez e as esquivas do
depoente, disse também que não estava ali para dar “ouro pro bandido”. Imagine.
Se
os interrogantes ao invés de se descabelarem, esmurrarem as mesas, ou
vociferassem, determinassem que o silêncio do interrogado presumiria a sua concordância
com as afirmações da CPI, o Cachoeira “jorraria” fácil, fácil.
Até
o conceituadíssimo senador Álvaro Dias (PSDB-PR), chamando o senhor Carlos
Augusto de marginal, depois dos dribles do depoente, considerou estar ele "tomado da arrogância de quem é livre, e não
preso".
Esse “esquemão”, da
corrente de água que se despenha, foi trazido
à lume por investigações que se utilizaram de escutas clandestinas de
telefones.
Se
não estavam previamente autorizadas por quem de direito, diz a lei, elas, as
tais escutas, são nulas. E se nulas, todos os atos investigativos subsequentes
também o seriam.
É
a lei.
Mas
e aí, como é que ficamos? Transgride-se a lei pra investigar e punir, ou a
respeitamos permitindo que os crimes compensem?
24/05/12
O Tamanduá de Colete.
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