terça-feira, 23 de março de 2010

Paixão: conter ou extravasar?

É lamentável quando ocorrem crimes que abalam toda a sociedade. Há alguns anos li uma tese de doutoramento na qual o autor discorria sobre o conflito entre o extravasamento ou a contenção das emoções.

Ou seja: ele desejava esclarecer qual atitude seria mais salutar para as pessoas: se o deixar fluir as paixões ou a contenção delas.

O impasse se dava a partir do princípio de que o represamento das cargas emotivas prejudicaria a saúde do paciente.

Por outro lado, o extravasar da virulência da paixão, danaria pessoas ou coisas que comporiam o cotidiano do enfermo.

Numa situação onde há a possibilidade da ocorrência do crime, por exemplo, se o sujeito tem um pouquinho mais de razão, isto é, se seu lado emotivo está, digamos mais “domesticado”, talvez não se deixe levar pelo ódio que o domina no momento.

Você veja que quando o objeto causador da repulsa afetiva torna-se inatingível, recebem todas aquelas cargas destrutivas, as crianças indefesas.

Então para se vingar de alguém, que lhe causa grande padecimento, o ser irracional, ataca a quem não pode se defender; aquele que não tem nada a ver com o salseiro é que se dá mal.

Em briga de marido e mulher os filhos podem ser usados para agredir um ao outro. E geralmente quem não termina bem são os filhos.

As consequencias para a prole são as afecções mentais, o cometimento de crimes, ou até mesmo a morte. As notícias estão ai nos jornais pra quem quiser se inteirar.

Daí a importância do casamento, da família, da fidelidade e a preservação de todos aqueles valores a que estamos acostumados, mas que vemos bombardeados diariamente.

Se o cidadão comete delitos e não restam dúvidas quando à autoria, a lei deve ser usada para efetivar as punições. Porque se houver a complacência, a repetição do ato delituoso se propaga no meio social.

Onde não há a observância das leis, ou onde elas perdem a credibilidade, volta-se ao estágio do mais forte, ou seja, aquele que detiver mais agressividade, destrutividade e agir com violência, oprimindo, estabelece o seu predomínio.

Ai então chegam os famosos momentos de grande instabilidade social que podem ser resumidos nas frases: “Brasil, ame-o ou deixe-o” e “O último que sair apague a luz”.

Já foi dito, num artigo passado, que no impasse entre a aplicação dos procederes religiosos ou os legais deve-se optar pela lei. Não devemos nos esquecer que a legislação ancora-se nos princípios religiosos.

Então para a manutenção da ordem e do progresso é fundamental a observância das leis. Não resta a menor dúvida.

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