sábado, 3 de julho de 2010

Devolvendo a bola

Tudo o que sobe desce, é verdade. O pior ocorre quando há a queda, ai sim a coisa se complica.

Na descida descontrolada, isto é rápida demais, pode haver fraturas, lesões e danos de toda ordem.

Mas nada como manter o autocontrole durante a volta à terra firme. O ideal é que na vinda lá de cima, aqui pra baixo, seja feito o percurso de forma não tão ligeira demais, compreende?

Mesmo assim dependendo do objeto que despenca, nem a lentidão do trajeto descendente, deixa de provocar danos funestos. Os balões, por exemplo, descem bem devagarzinho, mas podem provocar incêndios destruidores.

Há os que caem por menosprezo aos outros; existem os que deixam de estudar com a desculpa de que precisam trabalhar. Há também os que vestem os elmos, crendo ser invulneráveis em decorrência disso.

Entretanto, ao chegar aqui em baixo, onde vivem os mais simples, os mais ingênuos, é bom não esquecer que humildade e muito respeito são também fundamentais.

Se você já não é mais prefeito, vereador, deputado estadual, federal, candidato à governador e voltou a viver no rés do chão, não se preocupe; não se deixe levar pelo desespero. Saiba que manter o autocontrole, nesses momentos, pode significar mais saúde, longevidade e bem estar.

Imagine que bobagem você faria se, depois da fratura de uma clavícula, você se deixa abater pelo medo, recusando-se a entrar em campo novamente.

Calcule a ausência das tentativas de superação, se depois de ter o rádio do braço direito fraturado, por uma bolada maldosa, deixa de retornar aos gramados.

Imagine só que bobinho você seria se, depois de um ataque dum enxame de abelhas loucas, você se deixa paralisar pelo medo.

Pare com isso, pegue logo aquela bola e volte pra peleja.

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