terça-feira, 12 de outubro de 2010

Dilma adverte Serra sobre calúnias

A candidata Dilma Rousseff advertiu seu adversário, José Serra, durante o primeiro debate entre os candidatos, que disputam o segundo turno das eleições presidenciais, sobre a campanha que objetiva atribuir-lhe a autoria de supostos crimes, ocorridos com a quebra do sigilo fiscal, de pessoas ligadas ao PSDB.

É inegável a existência de irregularidades na violação das informações da Receita Federal na agência de Mauá em São Paulo. Entretanto atribuir a autoria do delito a Dilma ou aos membros da sua campanha eleitoral, sem elementos comprobatórios, é praticar o crime de calúnia e difamação. Por esse motivo José Serra está sendo processado pelo Ministério Público.

“Você tem de ter cuidado para não ter mil caras, Serra, porque a última mentira e calúnia contra mim ocorreu no caso em que vocês diziam que a minha campanha tinha aberto sigilo. Hoje você é réu em crime de calúnia e difamação. Você está dando os primeiros passos na questão da ficha limpa”, alertou a candidata.

De fato, no dia 21 de setembro, o Ministério Público de São Paulo pediu à Justiça Eleitoral, a instauração de inquérito na Polícia Federal para que o candidato José Serra seja ouvido sobre as acusações feitas contra a campanha de Dilma Rousseff de envolvimento com a quebra do sigilo fiscal de pessoas ligadas ao PSDB. O objetivo do pedido é que Serra apresente provas de suas acusações de que Dilma e o PT “atentaram contra a democracia” e praticaram “jogo sujo”, “espionagem” e “chantagem”.

Para Dilma, uma candidatura à presidência da República tem por objetivo, discutir valores e projetos, engrandecendo o Brasil. “A única coisa que seu vice, Índio da Costa, faz é criar e organizar grupos para me atingir até com questões religiosas, num país que é conhecido por sua tolerância”, lamentou.

Dilma repudiou a acusação feita por Monica Serra, esposa de José Serra, que declarou, num evento com o vice Índio da Costa, que a candidata petista seria "a favor de matar criancinhas”. “Acho gravíssima a frase da sua senhora. O Brasil está habituado com o processo de tolerância, em que árabes e israelenses sentam à mesma mesa. Este país não tem ódio religioso, nem étnico, nem cultural. Evangélicos e católicos estudam nas mesmas escolas. Repudio esta campanha que está sendo feita”, disse Dilma.

Aborto

Dilma lembrou ainda que, como ministro da Saúde, José Serra regulamentou o aborto no SUS (Sistema Único de Saúde), para que as mulheres não morram ao tentarem interromper a gravidez usando métodos primitivos. “Estou sendo acusada de coisas que você regulamentou, como o acesso ao aborto no SUS.”

Veja imagens de Dilma durante o debate na Band.

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