quinta-feira, 13 de janeiro de 2011

O Lelo

A loucura, ou a excentricidade, ou o comportamento fora dos padrões usuais, dentro de determinada sociedade, costumava ser segregadora, da mesma forma que a lepra sempre o fora.

Assim as atitudes irreverentes, abusadas, ou provocativas, eram punidas com o afastamento do inconformado, para bem longe do convívio dos demais.

Hoje em dia esse conceito de loucura mudou bastante. Veja que as ações de uma pessoa, num determinado grupo, podem ser consideradas extravagantes, não o sendo, entretanto em outras localidades.

Deveriam ser privados do convívio com os demais os sujeitos que produzem, por suas agitações incontroláveis, a infernização dos parentes, vizinhos, enteados e filhos.

Esse tipo de lelo, ou o que provoca o desconforto, no meio em que vive, é bem diferente das suas vítimas. Enquanto aquele age objetivando martirizar, estas sofrem, na maior parte das vezes, sem saber o porquê de tanta judiação.

A frustração dos impulsos sexuais, o ódio, a inveja, ou os ressentimentos, podem motivar as atitudes do lelo que, enquanto não presencia o sofrimento das vítimas, não se dá por satisfeito.

Observe que o comportamento obsidiante, teria também como motor, a indução de atitudes criminosas nas vítimas, quando então o tal lelo, se satisfaria com a consciência de que o louco não seria ele.

Tem gente que não se deita sem antes ter feito o mal para alguém.

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