sábado, 15 de janeiro de 2011

O Poder da Propina

A corrupção mata quando o corrompido em troca da propina que recebe, permite a construção de moradias nas áreas de risco.

A corrupção destrói famílias inteiras quando o corruptor, em troca da “bola” que recebe, não impede o motorista embriagado de prosseguir dirigindo.

A corrupção também mata a esperança de justiça, quando as autoridades judiciárias permitem, ao político profissional, seguir com a carreira, crivada de denúncias de crimes contra a administração.

O suborno extermina a vida de uma cidade inteira, quando garante a esse mesmo político profissional, a sua permanência nos postos privilegiados.

Agarrados às tetas públicas, por uma vintena ou mais de anos, essas mentes malignas legislam em causa própria, ofertam mimos às suas próprias pessoas e induzem ao erro as almas puras.

Você percebe que o político é profissional, quando na dúvida entre escolher o benefício para a coletividade e a manutenção do próprio cargo, escolhe a segunda opção.

A corrupção provoca danos quando permite ao lelo o ingresso numa faculdade de medicina; depois de formado, o insensato estupra 39 pacientes.

Corrupção tem muito a haver com hipocrisia, com fingimento, simulação. Jesus pedia aos seus discípulos que tivessem cuidado com esse tipo de fermento.

Num quarteirão pode existir um grupamento familial onde as drogas, o álcool, o tabaco, o analfabetismo e a violência predominam, sem que isso mereça qualquer atenção, tanto das autoridades civis quanto das eclesiásticas.

A propina teria muito mais força em causar as omissões, do que a própria consciência de que essas pessoas seriam também criaturas divinas.

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