segunda-feira, 16 de maio de 2011

O Conforto



                                               Do jeito que se encontra deteriorado o ensino público no Brasil não se pode duvidar que o bullying seja incentivado por professores e diretores de escola.

                        A mediocridade é tamanha que as diferenças são equilibradas, não pela autoridade que proporciona o conhecimento, mas por agressões à distância.

                        Em outras palavras: o desconforto causado pelo desnível cultural, ao invés de propulsar o aprimoramento profissional, detona as manobras hostis do bullying.

                        É claro que a ineficiência, na transmissão do conhecimento, seja interessantíssimo e fundamental para essas pessoas que vivem das verbas salariais, destinadas a alimentar os cargos públicos eletivos.

                        Numa cidade pequena a interação entre vereadores, deputados e diretores de escola não é rara. Os interesses são compatíveis, reforçam-se; mas quem não ganha mesmo com isso é a população.

                        Nesse casamento de cargos, tanto os obtidos pela escolha popular, quanto os atingidos por “concursos públicos”, a vitaliciedade é bem destacada. A certeza dessa afirmativa nos é dada pelo tempo que algumas pessoas permanecem nessas funções.

                        A mediocridade notória é, em alguns casos, compensada pelos bens materiais exibidos pelo detentor do poder. Assim a pessoa que tem um ou dois carros mais bonitos, pode incrustar-se de tal forma, naquele tecido institucional, que seja quase impossível a assepsia necessária.

                        No tempo do Império o sujeito que pretendesse ocupar um cargo de legislador precisava ter certo capital. A lei assegurava o direito de voto a quem fosse proprietário de extensas áreas rurais ou urbanas.

                        Hoje o abuso do poder econômico, as safadezas e os desvios dos dinheiros públicos, asseguram aos eternos eleitos, as condições materiais para o exercício das agressões.   

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