sábado, 21 de maio de 2011

O Solapamento





                                    No litígio entre árabes e judeus que já dura muito tempo, era comum – entre os israelenses - a demolição com o uso de explosivos, da casa do chamado “terrorista”.

                    Do jeito que a coisa anda no interior de São Paulo, especialmente em certos lugares, não seria exagero afirmar que essa técnica – com alguma variante - foi adotada pelos detentores do poder, como dissuasão dos seus opositores.

                    Ao contrário do que ocorre lá no Oriente Médio, aqui os explosivos não podem ser utilizados com esse fim especifico de desalojar aqueles que possuem opinião diversa da do governo.

                    Mas o solapamento, provocado por vazamentos nos dutos de água, (que deveriam ser mantidos pela autarquia municipal), pode causar os mesmos efeitos – a destruição – objetivada pelo governo contestado.

                      Se a sua opinião expressa é visceralmente contrária à política dominante no território onde você vive, se surgiram rachaduras ameaçadoras nas paredes do seu imóvel, e se o serviço municipal de águas e esgoto não se incomoda com os pedidos de vistoria, pode ter a certeza de que você é considerado um terrorista, cuja casa pode ser extirpada do mapa.

                    No meu entender a boa política não consiste em reprimir internando, prendendo ou matando o divergente, mas sim em buscar soluções que diluam as causas da inquietação.

                    Cremos que seja construindo casas populares, propiciando a acomodação confortável aos grupos familiares, que vivem amontoados, nos puxadinhos de fundo de quintal, melhorando o salário dos professores, e principalmente respeitando o eleitor, que esse tipo de governo autoritário, possa modernizar-se se adequando aos tempos modernos.

No vídeo:

Uma equipe do Serviço Municipal de Águas e Esgoto (SEMAE) presidido por Wlamir Augusto Schiavuzzo (PSDB) esteve na tarde do dia 12/01/2010, cavando defronte a residência 186, da Rua Napoleão Laureano, onde havia um vazamento.

Logo depois um compressor de ar comprimido foi instalado na funilaria vizinha, de propriedade de Gabriel Donizete Bottene Harder, residente e domiciliado à Rua Napoleão Laureano, 164.

As vibrações provocadas pelo funcionar da máquina, durante horas e horas ininterruptas, propiciaram o surgimento de rachaduras nas dependências da casa de nº 186, da Rua Napoleão Laureano. 

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