segunda-feira, 19 de março de 2012

É Justo?


Ou como enriquecem os Zé Arruelas

      Quem viu a pouca vergonha, conhecida como desvio de dinheiro público, mostrada ontem pelo Fantástico da Rede Globo de Televisão?
       A maior parte da população brasileira viu. E creio que até no exterior a matéria foi degustada.
       Agora você pode começar a entender como é que um Zé Arruela, que não tinha um gato pra puxar pelo rabo, antes de se meter com a administração pública, agora tem aquele apartamento supimpa, carros importados, amantes em várias cidades, viagens internacionais e outras riquezas mil.
       O esquemão, pra quem não entendeu, é esse: por exemplo, quando uma prefeitura deseja, asfaltar algumas ruas chama a empresa CECRAT, que lhe passa os valores do serviço.
       O encarregado municipal só aceita a proposta do empreiteiro, quando a entidade concorda em apresentar os valores acrescidos de mais 10 ou 20%.
       Executado o serviço e tendo os cofres públicos pagos os valores à empresa, esta repassa então os 10 ou 20% excedentes ao funcionário ou político envolvido na trama.
       Todas as demais empresas que também teriam interesse na contratação com a administração são levadas a apresentar preços maiores do que os da primeira, perdendo assim o que seria essa “licitação pública”.
       O empreiteiro pode entregar o produto do superfaturamento aos espertinhos, às vezes, dentro de caixas de uísque, de vinho, ou usando outra forma qualquer.
       Você que gosta muito de assistir televisão, também fica imaginando de onde sairia tanto dinheiro, doado como prêmio, nesses programas populares?
       O povo, que paga esses crimes, é ainda aprendiz de malandro.   
  
       Leia também nesta edição:

Operação da Polícia Civil e MP prende prefeito de Pacajus, no Ceará

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