O líder partidário vereador José
Antonio Fernandes Paiva (PT), ocupou a Tribuna da Câmara, na reunião ordinária
de segunda-feira (23), para rebater o pronunciamento da secretária de
Desenvolvimento Social, Maria Angélica Guércio, que informava o trabalho
desenvolvido por sua pasta e, criticar a falta de política pública, da atual
administração municipal, do prefeito Barjas Negri (PSDB).
"E, nós queremos, na
oportunidade, dizer que com 1,3 milhão de reais por ano, não se consegue fazer
política social eficaz, que nem se quer valoriza os profissionais que são
necessários, nas diferentes áreas, para atuarem com os moradores em situação de
rua", enfatizou o vereador petista.
"As clínicas exigidas para operar este
trabalho - nós fizemos no ano passado uma audiência pública no plenário
enfocando principalmente a questão da saúde mental - não dá para se fazer com o
investimento de 108 mil reais por mês. Por que não há compromisso social?
Porque está se colocando muito nas placas obras de cunho social e, eu quero
saber qual o grande efeito social que a passarela que sai da Rua do Porto para
o Engenho Central, por mais de três milhões e oitenta mil reais, tem a mais do
que uma política de inclusão social", disse Fernandes Paiva.
"Não é que sou contra a edificação de ponte
e viaduto para a circulação de veículo. Agora o que eu sou contra é um
investimento no cimento e não no ser humano. Como é que você consegue com 3,6
(três mil e seiscentos reais) por dia fazer política social para o morador de
rua, o que dá 150 reais por hora. A pergunta é: quantos profissionais estão
trabalhando para atender o morador de rua, que se você dividir entre aluguel,
alimentação, medicamentos e o pagamento dos profissionais, 150 reais por hora,
quanto é que se está investindo? É muito bom quando o governo vem discutir seus
números, porque daí escancara que ele não tem política social. Ele tem, mas não
investe pra política social, prefere investir naquelas obras nas quais os
construtores iniciam e do meio para a frente vê que é insuficiente os recursos
lá no edital de licitação, faz um aditivo no edital", continuou José
Antônio.
Só o aditivo de uma ponte é maior
"Só o aditivo da ponte do Mirante é maior
que os 1,3 milhão de reais que se está investindo em política de inclusão
social no município. Pega lá o aditivo, o vereador Laércio Trevisan Júnior (PR)
conseguiu ver isso", garantiu o vereador Fernandes Paiva.
Passeata
"Mas eu quero convidar para a próxima sexta-feira,
nós faremos uma grande passeata em Piracicaba. Fechamos o ano passado com
10.114 acidentes de trabalho em Piracicaba, são 28 acidentes por dia, são 842
acidentes de trabalho por mês. Nem o trânsito está acidentando tanta gente, o
que representa oito acidentes por dia e mais de um acidente por hora, sendo que
todos os técnicos e profissionais que atuam na área dizem que isso é o ritmo
que está se empregando ao desenvolvimento a qualquer custo no município",
afirmou Paiva.
"Não há políticas eficientes de prevenção de
acidentes no trabalho. E, na sexta-feira, se não for possível voltar neste
assunto na quinta-feira nós tomaremos as ruas para fazermos o Dia Mundial pelas
vítimas em acidentes de trabalho, que foram 13 vítimas fatais no ano passado no
município de Piracicaba. Só no canteiro de obras da Hyundai tivemos três
fatais, naquele supermercado em frente ao Sindicato dos Metalúrgicos teve outro
caso fatal. Não estamos aguentando mais ver o trabalhador sair de casa e voltar
num caixão de defunto, ou voltar mutilado. Pra isso é que os sindicatos vão às
ruas na próxima sexta-feira, de forma ordeira, mas com firmeza, exigir mais
responsabilidade das políticas de desenvolvimento, que elas sejam enfocadas
muito mais no homem, no ser humano do que nos números que a indústria traz para
alavancar a renda per capta dos cofres do município, que precisa terminar com
superávit ao final do mês. Esta política que queremos que seja eficaz no que se
diz ao respeito do desenvolvimento humano", concluiu.
Fernando Zocca.
MTb 40.854.
Com informações do site da
Câmara dos vereadores de Piracicaba.
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