O tempo de eleição para prefeitos e vereadores está chegando e quem não pode perder essa “boca” se prepara como pode.
Pra quem sabe como funciona o mecanismo desse sistema não deve haver segredo: é chegado o momento de presentear com dentaduras, consultas médicas, internações, doação de botinas, pagamento de contas de água, botijões de gás, luz e por ai vai.
Para presentear os eleitores o candidato precisa ter algum dinheiro. Já imaginou quanta dentadura o Stepan Nercessian garantiria com os R$160 mil que recebeu de “empréstimo” do bicheiro Carlinhos Cachoeira?
E o nobilíssimo senador Demóstenes Torres? Com quantos presentes ele não alegraria centenas ou até milhares de cidadãos? Se não fosse a astúcia de gente do bem, poderíamos concluir que o tráfico de influência compensa e muito.
Isso é só uma pequena ponta do iceberg. O que tem de podridão, meu amigo, nem te conto. Se a máxima na indústria da mídia “nada vende mais do que um bom escândalo” for verdadeira, saiba que novas fortunas se formarão muito rapidamente.
Quem pode explicar a avidez por dinheiro do sujeito que se elege? Talvez ele, tendo melhorado o seu padrão de vida, busque suprir as carências dos parentes e amigos mais próximos.
Nada contra essas atitudes humanitárias, desde que não sejam feitas com a grana furtada dos programas destinados a melhoria de vida da população mais carente, não é verdade?
Até quando a riqueza, a ostentação dos senhores deputados, senadores, prefeitos e vereadores corresponderão à miséria e ao sofrimento de milhões de pessoas?
Enquanto as punições não forem exemplares e não tiverem a propriedade de suscitar o temor, ante as oportunidades de corromper, saiba que a degeneração só tende a aumentar.
Autoria e materialidade estão comprovadas? Apliquemos então a lei.
Mudando de assunto:
E da Rural Willys? Quem não se lembra?
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