sábado, 25 de dezembro de 2010

Fugindo da Guerra

Diante da iminência de uma guerra toda a nação se prepara. As forças armadas convocam o pessoal da reserva, a indústria é mobilizada para a produção do material bélico e a população se resguarda.

O poderio industrial de um país será responsável também por reparar, modificar e devolver ao front, os engenhos destinados à defesa e ao ataque.

Nesses casos os antigos planos serão adiados. O comércio exterior sofrerá alterações e enquanto durarem as hostilidades, os projetos de expansão industrial serão postergados.

Além da possibilidade das ações de um dos beligerantes serem atingidas no exterior, há a necessidade da concentração das forças produtivas no país de origem.

Mesmo assim se uma indústria multinacional não adia as intenções de expansão, haverá uma forte dispersão da energia passível de ser utilizada na defesa do próprio território, das suas instituições e do povo do seu país.

Os Estados Unidos sofreram uma derrota terrível no Vietnam em meados da década de 1970. Naquela oportunidade uma poderosa e tradicional indústria de tratores pesados, expandia-se pela América Latina.

Os americanos enfrentaram seus inimigos em território alheio, ou seja, os conflitos deram-se nas terras vietnamitas e a derrota não causou maiores danos do que tremores morais na ideologia e nos militares norte-americanos.

A situação diverge, e se agrava muito, quando a ameaça inimiga, da qual faz parte o uso das bombas atômicas, lança suas garras diretamente contra as cidades e à própria população.

Se a implantação de uma fábrica multinacional em território amigo for vista como provável refúgio após um possível revés militar, ela não deixará de ocorrer.



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