terça-feira, 28 de dezembro de 2010

O Cunhado de César



Não é só a mulher de Cesar, que além de ser honesta, deve aparentar a honestidade. Os cunhados de Cesar também.

Já imaginou o escangalhamento que ocorreria no gabinete do imperador, se o povo prejudicado expusesse, pelos murais, os desatinos cometidos com o pão destinado aos cidadãos de bem?

Cesar nomeava representantes, eleitos pelo povo, para os cargos administrativos do seu palácio. Isso provocava uma mistura dos elementos do executivo e do legislativo.

Um dos objetivos de César era o de conseguir a menor oposição possível, entre os fazedores de leis, aos seus desígnios.

Nas províncias distantes de Roma esse fenômeno repetia-se de tal forma que os simples gestores municipais, obtinham também os apoios maciços dos legisladores para as suas decisões.

Assim quando havia a necessidade de construção de uma ponte, o gestor da cidade idealizava, planejava e conduzia – sem oposição nenhuma - todos os planos de execução. É claro que a dinâmica atendia as necessidades financeiras do tal representante de Cesar.

Além dos impostos que, ao serem cobrados a mais, possibilitavam a remuneração dos agentes cobradores, as construções das obras também tinham esse mecanismo.

Então era comum ver líderes das cidades, que antes de Cesar, eram considerados desprotegidos e enriqueceram à pampa durante o exercício do mandato.

Cesar e seus seguidores usavam as pitonisas loucas em seus cortiços escuros para exercerem a influência considerada necessária, ao bom deslinde dos desejos políticos.

Cesar não era brinquedo não.



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