Outro dia estava zapeando,
quando vi no Acesso da MTV, a VJ Titi Muller dizendo ser o Roberto Carlos, ou
suas músicas, cafonas.
Olha, gosto não se discute, mas quase
sempre ele acompanha os contemporâneos de uma geração.
Então você veja que, por
exemplo, para o milhão de pessoas que tinha 18 anos em 1964, quase tudo o que
se referia ao Rei era “uma brasa, mora”.
Os que amam o Justin Bieber
hoje, daqui a 30 anos, (quando estiverem perto dos 50), verão adolescentes
dizendo o mesmo (cafona, ou palavra equivalente) do seu ídolo. Ou seja, o
Justin terá uma geração muito mais nova atrás de si, venerando outros cantores
que não ele.
Cada geração tem suas
preferências no vestir, no uso de palavras, no consumo de alimentos, bebidas,
música e filmes.
Veja que até a arquitetura
acompanha a mentalidade do tempo em que se manifesta. Os imóveis construídos
nas décadas de 30 ou 40 tinham características não mais usadas hoje.
Nessa linha de raciocínio, você
compara também os Cadillacs produzidos na década de 50, com os feitos
atualmente. Note que há certa tendência em rejeitar tudo o que não se assemelhe
muito conosco ou que não tenha nada a ver com as nossas preferências.
Entretanto, e isso é muito
importante, para a sobrevivência de todos, deveríamos adotar a postura do
sujeito que, mesmo não gostando de jiló, não procura destruí-lo ou
transformá-lo.
As gerações se sucedem e com elas
os usos, costumes, as leis e os hábitos.
Só o amor é o mesmo ontem, hoje
e sempre.
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