segunda-feira, 7 de maio de 2012

Ser ou não ser: eis a questão.



Na minha opinião o ato de votar deve ser voluntário. Essa história de que voto é um direito já não cola mais. Direito nada, é obrigação mesmo.
E porque eu teria obrigação de votar em quem não tem a minha confiança?
E veja que confiança não se impõe, adquire-se. A mídia vem recheada com dezenas de fatos escabrosos justificativos da minha total descrença nos caras.
Não tem porque eu ajudar a botar um sujeito lá na câmara municipal, por exemplo, e depois observar, durante o resto da minha vida, o camarada fazendo a maior estripulia com o dinheiro público.
Já passou da hora em que a Constituição da República, deveria garantir a voluntariedade, nessa questão de votar ou não.
O fato de o eleitor não ter escolha entre o ir ou não ir aos locais de votação, é ainda um resquício das imposições, próprias das ditaduras. Isso é coisa de coronel dono de engenho de açúcar e casa grande.
A voluntariedade, fruto do livre arbítrio, precisaria ser plenamente respeitada nas democracias. Afinal ninguém deveria ser considerado tão idiota que não conseguisse discernir se deve ou não votar.
O legislador, quando estabelece essa obrigação, presume que o povo não estaria acostumado com o ato, e que pela imposição, aprenderia.
Nada mais falsa essa noção.
Esta visão, fruto do populismo, precisa mesmo ser mudada. Se pelo menos os governos populistas municipais resolvessem paternalmente os problemas dos seus “filhos” eleitores, ai sim, talvez, houvesse razão para obrigá-los a pagar com o voto.
Mas os caras “pisam na bola” diuturnamente só puxando a brasa pras sardinhas deles. Assim não dá. Assim não pode.
Eu quero ter o meu direito de escolher entre o ser ou não ser eleitor, garantido pela constituição.  
  

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