Na minha opinião o ato de votar
deve ser voluntário. Essa história de que voto é um direito já não cola mais.
Direito nada, é obrigação mesmo.
E porque eu teria obrigação de
votar em quem não tem a minha confiança?
E veja que confiança não se impõe,
adquire-se. A mídia vem recheada com dezenas de fatos escabrosos justificativos
da minha total descrença nos caras.
Não tem porque eu ajudar a botar
um sujeito lá na câmara municipal, por exemplo, e depois observar, durante o
resto da minha vida, o camarada fazendo a maior estripulia com o dinheiro
público.
Já passou da hora em que a
Constituição da República, deveria garantir a voluntariedade, nessa questão de
votar ou não.
O fato de o eleitor não ter
escolha entre o ir ou não ir aos locais de votação, é ainda um resquício das
imposições, próprias das ditaduras. Isso é coisa de coronel dono de engenho de
açúcar e casa grande.
A voluntariedade, fruto do livre
arbítrio, precisaria ser plenamente respeitada nas democracias. Afinal ninguém
deveria ser considerado tão idiota que não conseguisse discernir se deve ou não
votar.
O legislador, quando estabelece essa
obrigação, presume que o povo não estaria acostumado com o ato, e que pela
imposição, aprenderia.
Nada mais falsa essa noção.
Esta visão, fruto do populismo,
precisa mesmo ser mudada. Se pelo menos os governos populistas municipais
resolvessem paternalmente os problemas dos seus “filhos” eleitores, ai sim, talvez,
houvesse razão para obrigá-los a pagar com o voto.
Mas os caras “pisam na bola”
diuturnamente só puxando a brasa pras sardinhas deles. Assim não dá. Assim não
pode.
Eu quero ter o meu direito de
escolher entre o ser ou não ser eleitor, garantido pela constituição.
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